Ele tinha virado a minha cura, a cura da minha tristeza, a cura da minha loucura...ele estava sendo meu melhor remédio, ele me fazia sorrir, ele fazia piadas bobas só para que eu sorrisse pra ele.
Ir ao café a tarde com ele foi maravilhoso, eu literalmente coloquei meus sentimentos pra fora, contando o que sentia, e falando algumas "baboseiras" como de costume, mas ele adorava! Adorava também quando no meio da conversa eu ria e dava um "tapinha" em seus braços.
Me trouxe até em casa, disse que não poderia deixar moça bonita andar sozinha, e o quanto queria fazer isso sempre. No caminho pra casa, como sempre "desligada" trombei em um poste e ele segurou em meus braços, fazia tempo que não sentia isso...sentia o coração disparar quando alguém me tocava.
Ele me deixou aqui em casa, e me falou olhando nos olhos o quanto queria poder me beijar, mas não podia, não podíamos!
Então, ele foi viajar e ainda mandava mensagens sobre onde estava e o que estava fazendo e como riu alto no ônibus e acordou todos porque eu falei algo engraçado nas mensagens e o quanto estava feliz por ter me visto antes de viajar. Fiquei eufórica, não estava contendo minha felicidade, fazia tempo que eu não sorria e ficava assim...ele me mudou!
As mensagens estavam diminuindo, diminuindo e assim foi acabando.
Não me avisou que já havia chego de viagem, simplesmente sumiu...por algum tempo eu esqueci e tentei entender, mas as mensagens visualizadas e não respondidas estavam me estressando já.
Até que ele me procurou, disse que havia achado outro alguém e que estava gostando muito.
Eu ri olhando na cara dele, como se aquilo não tivesse me quebrando por dentro. Quebrando cada osso, e dilacerando meus órgãos. Ri, porque não tinha nada o que eu pudesse fazer, não tínhamos um "lance" propriamente dito. Ri, porque devo parecer forte, ri por fora...mas por dentro estava em cacos.
Minha mãe um dia disse que as pessoas vão embora, se mandam, sem nem dizer adeus. Eu, idiota, achei que era mentira.
De várias formas, ele foi importante pra mim, fiquei quebrada por dentro, mais do que já estava.
Mas, pensando bem...é um alivio te-lo longe...e dar valor no que realmente merece.
Bells e outros contos.
